lunes, 12 de octubre de 2009

Dirigentes sindicais representam a FENAJ no FORMES, em Montevidéo (português)

Três dirigentes dos Sindicatos dos Jornalistas de Alagoas, Minas Gerais e Paraná participaram do Programa de Fortalecimento e Modernização das Estruturas Sindicais (Formes), promovido pela Federação Internacional de Periodistas (FIP), em Montevidéo (Uruguai), no período de 6 a 8 deste mês, representando a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Além do Uruguai e Brasil estavam presentes delegações do Chile, Paraguai, Argentina, Peru, Bolívia e Venezuela.

Os brasileiros deixaram evidente aos dirigentes sindicais dos oito países participantes do evento a preocupação da Fenaj e sindicatos com o futuro do jornalismo e da profissão de jornalista no Brasil após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que pôs fim à exigência da formação superior específica para o exercício da profissão. Também informaram sobre o processo de mobilização da categoria e da sociedade civil pela realização da I Conferência Nacional de Comunicação, bem como denunciaram as manobras dos empresários do setor que, focados em seus interesses particulares, tentam impor condições para participarem e ameaçam abandonar a 1ª Confecom.

O representante da Asociación de Prensa Uruguaya (APU), Ruben “Mono” Hernandez fez a abertura do Formes juntamente com o coordenador regional da Federación Internacional de Periodistas (FIP), Oficina Regional para América Latina, p venezuelano Gregório Salazar. Em seguida, Milton Castellanos, secretário geral da Federação Uruguaia de Empregados do Comércio e Indústria e secretário de negociação coletiva do Secretariado Executivo da Plenária Intersindical de Trabalhadores – Confederação Nacional de Trabalhadores (PIT-CNT) expôs sobre Negociação Coletiva: a realidade uruguaia.

O programa foi dividido em dois módulos: um sobre “Desenvolvimento Organizacional: Melhorando o desempenho de nossas organizações”, tendo como facilitadora Yonaide Sánchez, mestre em sociologia e especialista em desenvolvimento organizacional e processos gerenciais, titular da cadeira de Sociologia do Trabalho da Universidade de Caracas.

A oficina teve como objetivo estimular os dirigentes presentes à lógica do pensamento estratégico em torno da análise dos problemas cotidianos de suas entidades assim como encontrar soluções que contribuam para o fortalecimento da classe e defesa dos seus direitos dos trabalhadores de imprensa.
Usando uma metodologia simples e objetiva, cada país desenvolveu um planejamento focado na sua realidade, resultando na construção coletiva de uma proposta de solução do problema escolhido envolvendo todos os aspectos da análise estratégica.

A equipe brasileira deu prioridade à atuação da Fenaj e dos sindicatos filiados na Confecom. O objetivo é arregimentar apoio junto aos movimentos sociais para que eles se somem aos jornalistas brasileiros em suas lutas pela democratização da comunicação e também para garantir interesse da sociedade civil e dos profissionais jornalistas.

Já o segundo módulo trabalhou a Negociação Coletiva como foco da ação sindical, ministrado por Francisco Iturraspe, advogado, coordenador da Direção de Extensão da Faculdade de Ciências Jurídicas e Políticas da Universidade Central da Venezuela (UCV), assessor da FIP, Oficina Regional para América Latina e do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa da Venezuela.

A atividade constou de relato das experiências em relação à negociação coletiva, condições de trabalho, salário mínimo, poder aquisitivo, estratégia sindical, seguido de análise dos aspectos positivos e debilidades nos processos de negociação coletiva em cada País. A idéia é juntar todos os relatos e experiências dos participantes em um hipertexto que venha a servir de suporte às entidades sindicais nos processos de negociação coletiva.

Participaram pelo Brasil, Valdice Gomes (Alagoas), Arthur Lobato (Minas Gerais) e Márcio Rodrigues (Paraná).

A segunda e última etapa do Formes será em La Paz (Bolívia), no mês de outubro, quando serão avaliados os resultados dos projetos iniciados em Montevideo e concluído o hipertexto de orientação em negociação coletiva.

No final do encontro, os participantes ratificaram o compromisso com a Carta de Lima, aprovada por jornalistas, representantes de sindicatos e federações nacionais da categoria de 13 países da América Latina e Caribe, reunidos nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro de 2007, na capital do Peru, na Conferência Regional sobre Promoção e Defesa dos Direitos Humanos dos Jornalistas.

Entre os pontos da Carta estão: convocar a sociedade a assumir como sua a luta dos jornalistas em defesa da verdade e do pluralismo da informação, exigir que os governos assumam como sua responsabilidade a garantia aos jornalistas ao direito à vida, à sindicalização, à liberdade de Imprensa e ao trabalho digno; e à sociedade o direito à informação; demandar dos Parlamentos nacionais legislações que combatam a concentração dos meios de comunicação e erradiquem ameaças às identidades culturais locais, cobrando de empresas de comunicação a responsabilidade social por divulgar produções locais, tenham responsabilidade de fazer da notícia um caminho para a informação e ofereçam condições dignas de trabalho e segurança aos trabalhadores jornalistas.

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